No dia seguinte, 22 de Setembro, fiquei no hotel tomado por uma grande tristeza . Pelas 5 da tarde, enquanto me repousava no quarto, tive um sonho profético: Apareceu-me em sonhos o Padre Pio rodeado por um inúmero exército de anjos formosíssimos; Ele resplandecia de Luz e de Amor. Aproximou-se e abraçou-me com afeto dizendo: «Filho, filho, meu filho! Não chores a minha morte que ontem te anunciei, deves ser forte, corajoso e calmo na minha alegria: Porei à tua disposição o meu exército de Anjos, obedecer-te-ão totalmente! Eu, teu Pai, permanecerei a teu lado, e dir-te-ei o que deverás fazer e dizer por teu bem e pelo daqueles que quiserem acolher as tuas e as minhas palavras. LEVAREI PARA O CÉU O TEU PENSAMENTO, E DEIXO-TE O MEU!». Ao pronunciar estas últimas palavras apertou-me com muita força a cabeça entre as suas mãos e aproximou-a da Sua. Nesse contacto pareceu-me que se me esvaziava o cérebro para se encher duma substância nova.
Nessa altura, o Michele Famiglietti bateu repetidamente à porta do meu quarto. Acordei com uma forte dor de cabeça, apertava-a com força, de tal modo parecia que se queria separar do resto do corpo. Disse ao Michele que esperasse pois não me podia mexer e, assim que me foi possível, abri-lhe a porta e respondi deste modo às suas ansiosas perguntas: «O Padre Pio voltou a aparecer-me e fez-me uma promessa maravilhosa...».
Na noite de 22 para 23 quase não dormi; Sentia no meu coração a suavíssima voz do Padre pedindo-me que lhe lesse o “Caderno” e assim o fiz, lio e reli-o até de madrugada. De manhã, ainda esperei ter sido vítima da imaginação, mas por volta das sete horas telefonaram-me de Roma, para me dizerem que o grande Coração do Padre Pio tinha cessado de bater! Os Príncipes da Igreja, os sacerdotes e vários dos frades hospedados no hotel, fizeram o possível para me reconfortarem e tiveram que admitir que, o que eu já desde a antevéspera lhes dissera, era infelizmente verdade.
Na mesma manhã telefonaram-me de novo de Roma, era o maestro Alfonso d'Artega, que havia sido encarregado pelo Padre Pio de levar para a América o “Caderno do Amor” para o dia 25 de Maio. Profundamente comovido pela triste notícia, pediu-me que fosse a Roma sem tardar pois o Arcebispo de Pittsbourg, Nicholas T. Elko, queria conhecer-me e falar-me do Padre Pio e dos “Cadernos”. Tinha este falado com o Padre Pio em San Giovanni Rotondo dois dias antes da sua morte. Fui a Roma com o meu amigo Michele e tive uma longa conversa com o Arcebispo T. Elko, na sua residência romana. De Roma, acompanhado pela Baronesa Remy, segui para S. Giovanni Rotondo. Revi pela última vez o amadíssimo Padre no mortal repouso do seu Santo Corpo. Em alguns instantes passei em revista a minha vida inteira, dirigida e protegida pelas asas da Águia Celeste, descida à terra para defender os fracos. O Padre, que fora o meu amigo fiel, a minha força, calara-se para sempre. A minha Águia regressara ao Seu reino.
Pouco antes de subir aos Céus, a Águia Celeste quisera legar o seu testemunho de amor a um seu filho que na terra permanecia. O amado Padre tinha-me dado como testemunho os “Cadernos do Amor”, dádiva de amor ao seu Luigi e a todos os seus filhos que esperam voltar a abraçar de novo no Céu o muito amado Padre. Vinha-me à memória o cântico de Moisés: «Prestai o ouvido, ó Céus, e falarei; escuta ó Terra, o que a minha boca proferirá. Que a minha doutrina caia como chuva, que o meu discurso cintile como o orvalho, como o chuvisco sobre as ervinhas, como a água no prado, porque celebro o nome do Senhor! Glorificai o nosso Deus! Ele é a rocha, e perfeita é a Sua obra. As Suas vias são retas. Um Deus fiel, sem inquietude, cheio de retidão e de justiça».
Chorava sobre os restos mortais do Padre, quando me pareceu de novo ouvir as suas suaves palavras que tantos anos antes proferira: «Porque choraste? Bem sabes que não me agradam os choros!». Sequei as lágrimas e voltei para Roma imediatamente.
No dia 17 de Outubro de 1968, o “Caderno do Amor” e outros Cadernos que escrevera foram, milagrosamente, ter às mãos de eminentes Teólogos romanos que me receberam e me interrogaram longamente, maravilhados por conhecer tantas coisas secretas. Assim se verificou o que o Padre tinha predito: «Os cadernos deveriam chegar o mais rapidamente possível às mãos de Sua Santidade e da hierarquia eclesiástica; o Papa e muitos outros tudo compreenderão». Sou eu sem dúvida quem menos percebe, no entanto escrevi e escrevo para obedecer ao Padre Pio, por fé e amor a Deus, pelo Papa Paulo VI e pela Santa Igreja.
Com o auxílio do Padre Pio e da Divina Providência, o “Caderno do Amor” foi já traduzido e publicado em alemão, espanhol, francês, holandês e inglês.

Luigi Gaspari


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